taxionomia

fossils {i}




'a linguagem é uma pele: esfrego a minha linguagem contra o outro. é como se tivesse palavras de dedos ou dedos na extremidade das palavras. a minha linguagem treme de desejo. a emoção resulta de um duplo contacto: por um lado, toda uma actividade de discurso vem acentuar discretamente, indirectamente, um significado único, que é «eu desejo-te», e liberta-o, alimenta-o, ramifica-o, fá-lo explodir (a linguagem tem prazer em tocar-se a si próprio); por outro lado, envolvo o outro nas minhas palavras, acaricio-o, toco-lhe, mantenho este contacto, esgoto-me ao fazer durar o comentário ao qual submeto a relação.'.


isto é sobre o meu filme preferido.


{title: 'fossils', peggy sue, 'fossils and other phantoms', 2010. text: roland barthes, 'fragmentos de um discurso amoroso', edições 70, p.96. image: 'nothing personal', dir. urszula antoniak, 2009}